O medo, diferentemente do que muitos pensam, não é sinônimo de fraqueza ou covardia. Na verdade, ele é uma reação involuntária e natural presente em todas as pessoas. É também um dos principais responsáveis pelo nosso instinto de sobrevivência, já que sem ele teríamos algumas atitudes inconsequentes: andaríamos no meio de carros, pularíamos de penhascos ou chegaríamos perto de animais selvagens e perigosos.
Normalmente, o medo surge quando um estímulo inesperado causa ansiedade ou insegurança na pessoa. Ele também pode ser desencadeado a partir de ideias ou pensamentos, como o medo de tomar uma decisão, ou até por motivos irracionais, como medo de fantasma.
Somente com a ideia de que algo pode ameaçar a nossa vida, o cérebro já ativa diferentes estímulos químicos que podem aumentar a frequência cardíaca, acelerar a respiração, contrair os músculos, entre outras reações. Essas reações são comuns quando, inconscientemente, ativamos o modo de “confronto ou fuga”.
Do que você tem medo?
Há diversos tipos de medo que podem surgir em diferentes pessoas. Desde pequenas ansiedades e desconfortos, até um completo pânico que prejudica as tarefas cotidianas de uma vida comum.
Quando esse medo se desenvolve para algo muito intenso, ele comumente é diagnosticado como fobia, e normalmente afeta o indivíduo nos âmbitos físico, psicológico e social. Por ser algo desproporcional e exagerado, a fobia deve ser tratada com terapia, para que, assim, você possa entender melhor o que está passando e trabalhar as causas e cuidar dos sintomas, a fim de que não prejudique a sua vida.
Apesar disso, sentir medo não é uma experiência tão negativa e você não deve fazer de tudo para não senti-lo. Ele é um procedimento evolucional que nos permite enfrentar situações de risco ou perigo e, assim, sobreviver.
Há diversos medos que você pode sentir ao longo da vida, como falar em público, não ser aceito, fracassar, entre outros. Às vezes, esses medos podem estar associados a outras emoções, como ansiedade e depressão, e, se assim for, pode ser bastante preocupante.
O primeiro ponto que você tem que se atentar é que o medo está presente na vida de todas as pessoas, principalmente daquelas que foram bem-sucedidas. O que elas fizeram de diferente foi não se deixar paralisar pelo medo, mas agiram apesar do medo, e não sem ele.
Então, como superar o medo?
A primeira dica para superar o medo é ter em mente de que ele não sumirá nem deixará de aparecer, ou seja, ele é uma emoção normal que continuará existindo e evitando que você se exponha a grandes riscos e perigos. O que você pode fazer é aceitá-lo e aprender a lidar com ele – e não evitá-lo.
Você deve trabalhar o seu medo para que ele não impeça você de viver nem de se relacionar com as pessoas. Sentir medo de altura, de falar em público, de conhecer novas pessoas ou andar de avião podem lhe prejudicar no convívio social e no atingimento de suas metas pessoais. Veja como enfrentar o medo.
Aceite o medo
Como foi dito anteriormente, não tente evitar sentir o medo. Quando ele aparecer, aceite-o e tente entender o que de fato está causando medo em você. Compreender seus medos também é um processo de autoconhecimento e de superação.
Seja sincera consigo mesma a respeito do que está lhe causando medo, encare-o de frente.
Expresse o seu medo
Expressar o seu medo pode ser uma ótima forma de aliviar essa sensação e, para isso, você pode utilizar a escrita. Assim, além de organizar todos os seus pensamentos, emoções e medos, você não precisará ter vergonha de ninguém a respeito do que lhe causou este sentimento.
Cuide dos seus pensamentos
Uma vez sentido e identificado, cuidado para que o medo não tome conta de você. Tente não pensar coisas como “nunca vou superar” ou “é muito difícil”, pois isso só fará com que você entre num looping de pensamentos negativos.
Agora que você já identificou o que lhe causa medo, tente ser mais racional e achar uma solução real para o enfrentamento daquele medo. Pense coisas como: “o que de pior pode me acontecer se eu fizer isso?”.
Converse sobre o seu medo
Muitas vezes, sentimos vergonha de expor a amigos e familiares sobre os nossos medos, ainda mais quando julgamos ser bobagem. Porém, ser sincera com quem ama você poderá abrir uma via para o diálogo que ajudará muito você a enfrentar seus medos.
Quem garante que alguém próximo a você não passou por algo parecido? A empatia é uma arma poderosa contra o medo quando percebemos que não estamos sozinhas nessa luta.
Faça exercícios de respiração
Um dos efeitos colaterais de sentir muito medo é a respiração ofegante. Por isso, praticar exercícios de respiração quando você está bem, poderá ser uma ferramenta poderosa quando o medo aparecer. Isso porque, respirar fundo e controlar o ar que entra e sai, podem ser muito eficazes para lhe acalmar nestes momentos.
Faça o que te dá medo
Isso pode até parecer contraditório, porém uma das maneiras de superar o medo é enfrentando-o. Se você tem medo de altura, pode experimentar pular de paraquedas ou bungee jump. Se quiser ser menos radical, pode começar se aproximando de um paradouro de segundo andar de shopping e olhar para baixo.
Outra maneira de enfrentar seus medos é fazer musculação e ir um pouco além do seu limite – isso funcionará para que você perceba que você “não vai morrer” e que nada de muito ruim pode acontecer ao enfrentar seus limites.
O medo é um sentimento comum e natural a todas as pessoas, por isso não se preocupe se ele aparecer em sua vida. Aceite-o, entenda-o e supere-o. Cuidado, apenas, para que esse medo não se transforme em fobias que poderão prejudicar a sua vida, seu convívio social e suas metas pessoais.
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